Um caso sobre Maria, Alzheimer e o Pôr do Sol
A senhora Maria (nome fictício) tem 78 anos e diagnosticou Demência de Alzheimer há 5 anos.
Há mais ou menos 15 dias, quando chega por volta das 17h ela vai pro quarto, faz uma trouxa de roupas com o lençol, coloca nas costas e tenta sair na direção da rua.
O filho a pergunta: – para onde vai mãe?
Ela responde: – vou para minha casa!
Algumas vezes esse quadro se resolve com o filho dizendo: – mas mãe, a senhora já está em casa.
Algumas vezes ela fica mais agitada com essa resposta e retruca dizendo que não.
Então o filho a pega, coloca no carro dá uma volta no quarteirão e diz: – vamos voltar pra casa. E retorna para sua casa.
Quando dá, o filho já prevê e as 16h30 a tira para uma caminhada e na volta diz: – vamos voltar pra casa.
O filho também tenta deixar a casa calma no final do dia, não dar bebidas ou comidas estimulantes, fechar as janelas e ascender as luzes!
Essas medidas funcionaram por um bom tempo. Depois de alguns meses, já não funcionavam mais e precisou-se ajustar as medicações da Maria para que ela não ficasse agitada no final do dia.
Essa é a Síndrome do Pôr do Sol que pode acontecer nas Demências, normalmente na fase moderada.
Você já cuidou de alguém que ficava mais agitado no final do dia e queria ir embora?