O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que não tem cura.
E o que podemos esperar dela?
No último mês eu atendi 3 homens que tinham por volta de 65 a 75 anos com queixas de memória.
Para 2 fechei o diagnóstico de Alzheimer – queixa de memória + alteração teste cognitivo + cintilografia cerebral com captação baixa na região do cérebro que preve Alzheimer + alterações no liquor!
Um parentêses aqui – (MAS POR QUE VOCÊ PEDIU TUDO ISSO?) – Porque são pessoas muito jovens e escolarizadas para apresentar alterações de memória com perda de funcionalidade. Se eu demorar para fazer esse diagnóstico e demorar para começar o tratamento disponível pode significar perda de qualidade de vida no futuro.
Mas vamos voltar…
Você com 65 anos, começa a se perceber mais esquecido, com maior dificuldade de realizar suas atividades – procura um médico que te diz ter ALZHEIMER.
Seu mundo cairia? O meu sim!
E o que ele pode esperar?
Ele pode esperar a progressão dessa perda cognitiva em algumas fases.
Na FASE LEVE – ele vai ter algumas dificuldades que não interferem tanto no dia-a-dia ou na sua capacidade mas aos poucos vai ficando mais dificil realizar o que fazia antes.
Na FASE LEVE – ele vai ter algumas dificuldades que não interferem tanto no dia-a-dia ou na sua capacidade mas aos poucos vai ficando mais dificil realizar o que fazia antes.
Na FASE MODERADA – já apresenta maior dificuldade, não dá pra deixar tarefas grandes ou mais complexas para realizarem sem ser com supervisão e auxílio. Pode acontecer algumas alterações de comportamento como agitação, perambulação, alucinações, insônia, depressão ou ansiedade.
Na FASE AVANÇADA – acontece a dependência para as atividades básicas – comer, se vestir, andar, manter sua higiene em dia.
Dificil né?
Um desses pacientes me perguntou: “O que você acha que devo fazer agora? Será que vale a pena eu viajar e aproveitar a vida se não vou me lembrar de nada?”
Eu respondi: “Com certeza vale! Serão momentos de lembrança suas para sua família e amigos. E apesar de não lembrar, o sentimento fica!”
O que você faria, se aos 65 anos, descobrisse que tem Alzheimer?